sábado, 24 de agosto de 2013

Amor...


      
        
         É noite. Chove. Chove torrencialmente. O vento sopra forte, penetra através das janelas e portas. Uma música suave se espalha pela sala, me amolece, me faz lembrar de ti. Sinto frio. O calor que se desprende da lareira aquece meu corpo, mas é incapaz de aquecer minha alma. Sinto frio. O frio da saudade me enregela a alma. Só tu tens o poder de aquecê-la. Na lareira as chamas dançam  projetando na parede sombras que se abraçam, se entrelaçam e se chocam.
             Tenho um livro nas mãos, mas na verdade nem sei o título, nem o autor. Estou pensando em ti e no nosso amor.
               Quase adormeço embalada pela música, sinto o calor que vem da lareira e penso que é o teu amor que me aquece, chego quase sentir o teu corpo no meu, mas acordo. Tudo é silêncio. A sala está vazia. Só a música continua. E as chamas na lareira. Sinto frio. Sinto saudade. Meu Deus, que saudade! Não pensei que a saudade doesse tanto, que amar doesse tanto. Mas é tão bom te amar, tão bom ter o teu amor.
                  Tinha tanto medo. Os sentimentos me assustam. O amor me assusta. Tu me ensinaste a amar sem medo, sem reservas. Como? Simplesmente me amando. Penetraste minha alma, meu coração e te instalaste assim, sem me pedir licença. Agora já fazes parte de mim. 
                    Eu sei, meu amor, que agora, neste exato momento, também tu estás pensando em mim, eu sinto. Nosso amor é tão forte que eu sinto o teu pensamento e sei que sentes o meu também. Algo muito forte nos une. Tão forte que chega ser assustador e maravilhoso ao mesmo tempo. Tão maravilhoso que chego a ouvir os anjos cantando pra nós uma marcha nupcial, a nossa canção de amor. Ou será que já estou dormindo e sonhando contigo, como sempre? Amor, sinto frio...sinto saudade. Vem logo amor... vem logo...Amor...Vem...Vem...Amor...Amor...
 

            


          

domingo, 18 de agosto de 2013

Mosaico




                 
       


                   - Uma criança se solta da mão da mãe,  corre pra mim e se agarra em minhas pernas.
                   - Um homem bonito passa, me olha, cumprimenta e sorri.
                    - Um casal de namorados sentado na soleira de uma porta com cara de tédio. Será que estão apaixonados?
                    - Uma mulher grávida passa lentamente, carregando no ventre um pobre inocente e todo o seu ser é uma prece para que aquela criança seja feliz. Feliz? Ninguém é.
                    - Várias pessoas passam apressadas, olhares distantes, rostos pesados, tensos; sorrisos, gargalhadas, uma criança chora, outra pede colo.
                    - Outra gestante passa sorridente vivendo intensamente o milagre de trazer no ventre um ser, uma nova vida.
                      - Um casal discute ferozmente como se o destino da humanidade dependesse deles e do que resolvessem(talvez da humanidade não, mas o deles sim). 
                                    - Outro casal está aos beijos e abraços, esquecido de tudo e de todos.
                      - Uma criança pega minha mão ao passar por ela, solta a mão da mãe e me segue. O que fazer?
                 - Numa fila de banco alguém fala ao telefone comentando uma agressão que uma mulher sofreu sendo jogada contra a parede, ficando quase inconsciente, mas felizmente conseguiu pedir ajuda. 
                             - Um homem bonito, charmoso e atraente passa lentamente e com voz quente e sensual diz que sou linda. Valeu o dia. 
                               - Um casal, faces marcadas pelo tempo, andar não tão firme, passam de mãos dadas; um doce sorriso nos lábios e um brilho nos olhos denunciam o estado de graça em que se encontram por estarem juntos.
              
                            


                          

domingo, 4 de agosto de 2013

Simplesmente Pensamentos






            - Na verdade tu já me amas, apenas não sabes. Quando souberes, vem me dizer. Te espero. Mas não demores. Posso cansar de esperar e desistir de ti.




              -  Eu não penso pra escrever; eu escrevo pra pensar.




              - Vontade de sumir, desaparecer, cair na estrada, abandonar tudo; medos, tristezas, desilusões, frustrações, decepções. incertezas, dúvidas. Fugir...Fugir... Pra onde? De quem? Por que? Pra que? Com quem? Em busca do quê? Do que perdi ou do que deixei de conquistar? Fugir simplesmente. Talvez de mim mesma. Fugir...Mas de que adianta? Se por onde eu for, irei comigo.