domingo, 10 de março de 2013

Sentido Sem Sentido




                  
                   De repente, no meio de uma frase tudo acabou. Acabou? Mas começou? Tanta coisa pra falar, pra ouvir, tanto pra descobrir, pra ser descoberto. Acabou. Assim como não começou. Tantas emoções pra viver, tanto pra se conhecer deste iceberg que vislumbramos apenas a ponta. Tantas loucuras de amor por fazer, tanta paixão pra explodir. Tanto pra ser e não foi.
                   Faz sentido isso? Acho que não, mas nada faz sentido. Faz sentido rir e chorar, amar e odiar? Faz sentido viver apenas pra trabalhar, quando há tanta beleza pra explorar ? Faz sentido viver no ócio, quando há tanto por fazer? Faz sentido chorar por quem não ama, quando há tanto amor circulando no ar? Faz sentido desistir de quem ama por medo de não dar certo? Acabou. Por quê? Porque um pensou que tinha começado e outro não sabia que tinha começado. Porque um tinha medo de sofrer e o outro já estava sofrendo por antecipação. Faz sentido o que estou escrevendo? Nenhum, acho. Faz sentido esta crônica? Só o sentido de questionar o sentido. Tudo tem sentido, porque nada faz sentido. Nada faz sentido, porque tudo tem sentido.

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