segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Chegadas e Partidas





                          A chegada festiva, cheia de promessas, de sonhos, segredos a contar, um sorriso nos lábios, um brilho no olhar, os abraços, os beijos, a alegria estampada no rosto, tanta coisa pra falar, o peito explodindo de felicidade, as idéias alucinadas tropeçam, embaralham e se descontrolam num amontoado de palavras; depois do primeiro momento de loucura e desvario vem o doce aconchego, a calma, o bate-papo gostoso e sem pressa. Até que...chega a hora da partida e é tão doída, aquela saudade machucando fundo, aquele adeus com gosto de quero ficar, com gosto de de não se vá, o sorriso com vontade de chorar, a lágrima pendurada no olhar, esse olhar perdido num mundo de sonho, a sensação de ter ficado tanta coisa por fazer, tanta coisa por dizer, uma paralisia de movimentos, os gestos se tornam lentos e pensativos. Tudo dói tanto e machuca fundo, fere, maltrata, mas há o doce consolo das cartas, dos telefonemas, dos novos encontros e principalmente a certeza de que os verdadeiros amigos não se separam nunca, mesmo tendo entre si a maior distância do mundo.

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