sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Lágrimas (Chora!)




                      Por que engoles as lágrimas? Por quê? Deixa que elas corram soltas pelo teu rosto. Chora, mas chora tanto que as tuas lágrimas lavem todas as tuas tristezas. Chora. Deixa que as lágrimas brotem em borbotões e lavem teu rosto, tua alma, teu coração, tuas vontades e tuas mágoas. Chora. Não te importes com as marcas do pranto no teu rosto e nos teus olhos. Não te importes com o que os outros vão comentar. Chora apenas. Chora por aquilo que te interessa e por aquilo que não te interessa. Chora.
                       Deixa que as grossas lágrimas que caem dos teus olhos se misturem com os pingos da chuva ou quem sabe queimem o teu rosto aquecidas pelo sol. Chora em qualquer hora, em qualquer dia, qualquer lugar. Chora. Chora quando fizer frio, calor, chuva, sol, garoa ou cerração. Chora. Junta ao mar as tuas lágrimas, ou quem sabe junta ao lago ou à piscina, mas chora, chora muito. Chora o amor perdido, o brinquedo quebrado, o sorriso da criança, o olhar da pessoa amada, o perfume da flor, o mistério da noite, a beleza do dia, a terna melancolia da chuva, a doce suavidade do crepúsculo, a beleza agressiva do amanhecer, rompendo o dia e abraçando a terra na ânsia louca de possuí-la. Chora. Chora de emoção. É tão gostoso. E, principalmente, chora o sorriso ou sorri a lágrima. Chora e ri, risos e lágrimas, o ápice da emoção explodindo em lágrimas e risos. É vida. É sentimento. É amor. É tudo e é nada ao mesmo tempo.

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